sexta-feira, 11 de julho de 2008

Minha mãe é melhor que as outras....





A mãe da gente... é diferente das outras! Digo e provo: Digo a 'mãe-da-gente'... porque ela é mãe de muita gente... Filhos naturais.. foram apenas três (03): eu, V1 e V2 [em ordem inversa]. Filhos não naturais, mas apenas afetivos... foram mais de vinte!!! Isso mesmo: mais de vinte (20)!!!!
Sua prole é inversamente proporcional à capacidade de 'gestar' de seu útero!!!

Quando nasci, em 1981, meus pais tinham vinte e um (21) anos de casados. Pela 'casa' que me receberia, já havia passado muita gente de morada... Foram muitos: primos, primas, tios, tias... muita gente mesmo!!! [Prefiro nem enumerar um a um pra não correr o risco de deixar de registrar alguém!]

A singularidade daquela senhora de cabelos pintados, de saúde frágil... está na acolhida!!! Uma acolhida pouco melosa, até mesmo pouco afetuosa, mas uma A-C-O-L-H-I-D-A!!! Ela simplesmente não estende a mão: ela estende as vísceras da alma... [a dela tem vísceras sim!] É por isso que tenho orgulho de ver pessoas como Roberto e Fatinha [novos e mais recentes filhos] tomarem-lhe 'a bença', ao chegar... e ao sair!!!
Mainha, a depositária de todos os meus segredos mais sérios e profundos... é amada demais pelas pessoas que a conhecem!!! Na estrutura do casamento que fez, mesmo sendo o seu marido o 'relações públicas' da casa, talvez seja a que tenha, dos dois, as amizades mais profundas, apesar de ser 'a desconhecida', a 'tímida', a 'recatada', 'aquela-que-não vai-aos-jantares-dos-clubes-sociais'...

Nunca me esqueço o número de vezes que alguns amigos meus chegaram pra mim e disseram: "Daniel, como tua mãe é uma pessoa especial..."; "Nossa, como Nita é gente boa, amável, forte, uma mulher de atitude"... [essa última e mais recente declaração é de Loreta, minha sócia, amiga e prima.]

Pode até parecer proselitismo o que acabei de narrar. Meu objetivo não é primordialmente despertar a curiosidade a respeito de minha mãe... nos que pouco a conhecem, mas sim, de prestar-lhe homenagem... e dizer que a melhor escolha que DEUS poderia fazer por mim - e para mim, em relação à maternidade - foi feita: ser filho de D. Nita Benício, de quem me orgulho, por quem sofro, choro... a quem amo, zelo, afago...

Mainha, você é uma bênção na minha vida!!!


Parabéns pelos 66...

Tá na hora de inaugurar a 'carteirinha de benefícios' que já está a caminho... e, quem sabe, viajar em breve a SP, curtir as irmãs - e tentar emagrecer um pouquinho longe de casa -, porque em casa... tá difícil demais!!!

Um beijo do tamanho do meu amor, da minha gratidão e do meu afeto por você!!!!

Seu caçula ['véi' já... mas que não perdeu o posto, viu?!]

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Ignorância, Fé, Razão - e falta dela...

O que fazer quando não se tem inspiração para escrever? Insistir...?? Ocultar-se...?? Bem, eu prefiro insistir. Nos passos largos da vida em busca da felicidade, claudicamos nas reflexões, nos preços da coisa buscada, não é bem assim? Pois bem. Entrar no vagão onde se encontram porções mágicas para a felicidade, assentar-se à janela, mirando os arvoredos pelo vidro embaçado, no inverno, ou a paisagem seca dos dias de sol a pino, talvez não autorize você a dizer: EU ESTOU LUTANDO PELA FELICIDADE.

Ora, a luta dos que já venceram e servem de exemplo para qualquer um de nós são travadas com o uso de duas armas sem as quais é impossível o guerreiro sagrar-se vencedor ao final: a inteligência e a fé.

Daniel Golleman tem seus conceitos de inteligência... Rachel de Queirós (in memoriam), suas frustrações pela ausência involuntária de fé. E eu e você? Que asserto fazemos a respeito das duas, sem proselitismos???

É preciso uma boa dose de bom senso, em primeiro lugar, pra perceber que a ignorância é o cata-vento da felicidade. Se não nos é dado proceder às escusas de consciência para sermos felizes, trabalhe com o conhecimento que você adquiriu, buscando-o aprimorar, contudo sem a avidez por esgotá-lo... Aí a ignorância acerca desta verdade não trará a você qualquer sombra de felicidade!!!

O conhecimento que transforma não depende de uma inteligência criativa, como os psicólogos costumam dizer. O conhecimento que transforma é aquele adquirido com um propósito definido: pô-lo em prática a serviço do bem. Se eu não sou daqueles que “botam a mão na massa”, que eu me associe, então, àqueles... Se eu, por outro lado, sou dos que “pegam no arado”, que eu não esqueça, então, de me associar aos estrategistas que delimitam a equação do tempo mais rápida para semear o solo...

Não há como se dizer em busca da felicidade se eu não me pautar pela necessidade gregária de que todos nós temos. O conhecimento isolado, não compartilhado, ou ainda, objeto de afirmação de tolos (ser conhecedor, não é ser sábio), só denuncia a tortuosidade da minha busca e a infertilidade da minha conduta.

Por conseguinte, a admoestação pela fé é o que faz o equilíbrio – não das estações –, mas diante delas! A fé não muda o inverno pro verão; não transforma o calor em paisagem de outono; não instiga o frio quando a alma está quente... Deixa essa tarefa pros condicionadores de ar...

A fé é o motor da esperança, mas é também a certeza da sobrevivência diante da tempestade, e não a negação dela... Não há como obter ciência, desenvolver os métodos, procurar aprofundar o mergulho, sem aquilo que assegura a certeza acerca dos próprios limites, a fé. A fé, meus ‘parceiros’, denota um grau absurdo de consciência de que nós somos limitados, e, nessas limitações, nós podemos fazer proezas!!! A fé opera no limite da capacidade humana. Quando não tem mais jeito e o frio está insuportável, vem aquela certeza, com sobriedade, de que o frio haverá de passar, e de que os dias amenos chegarão!!!

O que faz o homem de conhecimentos diante de suas limitações? Desespera-se... e usa a inteligência a serviço da fuga, da saciedade dos seus apetites inesgotáveis (A ignorância a respeito disso também gera infelicidade!)
“Basta a cada dia o seu próprio mal” é a máxime fatalista dos doutos na ciência e arte da vida. É a mais verdadeira expressão bíblica da felicidade. É preciso ter inteligência pra compreender esta verdade. Não adianta lançar-se nos cuidados e nos seus enfados pra transmudar o dia nublado em alegre. O dia alegre é o dia, e não seus desdobramentos...

Assim, é preciso perceber que o estágio do exercício da fé e da inteligência começa num dia chamado HOJE. Hoje é o dia. Não insista continuar tentando desvendar os mistérios da vida achando-se capaz de esgotar o conhecimento. Isto é ignorância de tolos. Vista-se inocente diante da vida, com curiosidade de quem pouco conhece, a fim de prosseguir firme para o alvo, sabendo-se limitado e igualmente necessitado da fé, que é o combustível dos sábios para superar os limites da ciência e tornar frutífera a vida, mesmo quando a estação vigente estiver em sequidão de estio...

Shalom...